O quadro da disputa eleitoral para o cargo majoritário em Marcelino Vieira mostra-se completamente diferente de quatro anos atrás. O certame dá sintomas de muito acirramento até o dia 7 de outubro.
Na eleição há quatro anos o cenário político se desdobrava muito favorável ao atual prefeito. Dois fatores contribuíam para isso: Primeiro, o então vice-prefeito à época José Ferrari, contava com o grupo governista em total comunhão, sem nenhum problema aparente para sua candidatura. O grupo estava unido e forte e contava com o apoio irrestrito do prefeito Iramar de Oliveira; Segundo, a oposição se apresentava enfraquecida, não reunindo forças suficientes para uma investida, tendo em vista que seu maior líder à época, o médico Geraldinho Holanda, tinha saído de duas disputas sem sucesso.
Já o cenário atual, apresenta-se completamente diferente da disputa anterior. O grupo situacionista não conseguiu manter a mesma receita de sucesso que lhes deu êxito na campanha passada. Ao contrário, perdeu de uma só vez três nomes de grande expressão: Arli Paiva, Miguel da Emater e Verônica Rodrigues. Além do mais, não pegou bem o fato do ex-prefeito Iramar ter “rompido” com o prefeito Ferrari e depois voltado atrás como se nada tivesse ocorrido, inclusive depois de dizer ao blog circulo de fogo que: “a cidade está abandonada e povo clama por melhor qualidade de vida”. (clique aqui pra ver)
A celeuma causada por Iramar repercutiu, junto à população, de forma negativa para o prefeito Ferrari, que acabou acatando o posicionamento do ex-prefeito ao aceitar formar chapa com Tâmisa. O próprio grupo ferrarista viu a aliança com desconfiança e de forma descontente, porém teve que engolir, mas ainda há quem diga que não digeriu.
Além de tudo isso, é evidente o desgaste da administração atual depois de quase doze anos – somando-se oito de Iramar e quatro de Ferrari –, junto a opinião de boa parte da população local. A cidade enfrenta sérios problemas, com o foco principal na saúde que parece ser crônico e se arrasta há muito tempo. É inegável que o péssimo atendimento na área da saúde em Marcelino Vieira é antigo, e nem Iramar, nem muito menos Ferrari conseguiram solução para o problema, e isso afeta de forma extremamente negativa a candidatura do último. Além disso, nem um dos dois conseguiram uma explicação convincente para a não construção da estátua de Santo Antonio, que se arrasta a uma década.
Diante desse quadro a candidatura da oposição só ganhou musculatura, seu crescimento é aparente, bem perceptível a “olho nu”. Ficou nítido que a desarticulação do grupo governista provocou essa situação. A ameaça à reeleição do prefeito atual é notória, como há muito não se via no município.
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