A Lei de Acesso à Informação que entrou
em vigor há pouco tempo, no Brasil, é um dos maiores avanços que a
República Federativa do Brasil alcança, em pouco mais de 122 anos de
vida. É um canal de clara sintonia entre os interesses da sociedade e o
dever do Estado.
Com esse dispositivo, certamente
começaremos a ter acesso a informações que há tempos eram omitidas,
porque estavam e estão carregadas de vantagens escusas, nada
republicanas.
O anúncio da folha de pessoal nos
poderes do Rio Grande do Norte vai revelar, com clareza, como o
nepotismo cruzado continua prosperando. Nada de concurso. O forte é a
troca de favores, o compadrio, o toma-lá-dá-cá entre poderosos de
plantão.
Em alguns casos, o emprego arranjado se
transforma num “Bolsa Família Chique”, em “mesada” gorda para alguns
filhotes que não conseguem andar com as próprias pernas, gente que
precisa da influência política para manter – com o dinheiro do
contribuinte – uma vida de nababo.
Como é bom viver a expensas do Estado, sem ter que comprovar competência.
Já o cidadão comum precisa estudar como
um louco, fazer concurso público, ser aprovado e depois começar a
humilhante cruzada para ser chamado ao trabalho, o que tem sido
regularmente postergado. E vez por outra ainda encontra nesse ínterim
alguma quadrilha fraudando os certames.
O Judiciário do RN, num gesto de pleno
atendimento à lei, apressou-se em apresentar os dados referentes a seus
membros em todas as intâncias (veja abaixo). Quando saírem listas de
servidores/salários das Prefeitura do Natal e de Mossoró,
principalmente, Tribunal de Contas do Estado (TCE), Governo do Estado e
em especial a Assembleia Legislativa (a grande “caixa-preta” potiguar),
poderemos cruzar informações.
Será uma chance para a sociedade identificar, pedir explicações e cobrar respeito à lei com base em dados oficiais.
Essa terra ainda vai cumprir seu ideal.
Retirado do blog de carlos santos
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