José
da Penha (RN) - O juiz da Comarca de Luís Gomes, Rivaldo Pereira Neto,
deferiu pedido do Ministério Público em ação civil pública ajuizada pela
Promotoria de Justiça contra o município de José da Penha. O juiz
determinou a suspensão da contratação de servidores públicos em caráter
temporário, com exceção dos cargos de médico, odontólogo e enfermeiro; e
a realização de concurso público no prazo de nove meses. Quando o prazo
para realização do concurso acabar, os servidores que já estão
contratados em caráter temporário deverão ser exonerados.
Desde
1999, não foi realizado concurso público no município e a demanda de
servidores está sendo suprida por contratações em caráter precário.
Analisando a lista de servidores contratados, foi percebido pela justiça
que as funções desempenhadas deveriam ser ocupadas por servidores
efetivos.
A
ação da Promotoria de Justiça da Comarca de Luís Gomes pleiteava o
reconhecimento da ilegalidade das contratações e o prazo de seis meses
para realização do concurso, mas a justiça entendeu que o prazo de
realização do concurso deveria ser de nove meses e que os temporários
deveriam permanecer até lá. Assim, evitaria a descontinuidade do serviço
público e a possibilidade do surgimento de promessas de vagas em cargos
oferecidas em concurso público viciado, beirando processo eleitoral.
Caso
não haja cumprimento da decisão de suspensão, foi determinada multa de
R$ 20 mil por cada contratação ilegal. E, se houver descumprimento da
realização do concurso, foi imposta multa de R$ 1 mil.
fonte: umarizalnews
Nota do Blog:
A contratação temporária é uma prática comum na grande maioria das cidades do alto oeste. Em Marcelino Vieira não é diferente, há casos de pessoas contratadas sem concurso público que trabalham há mais de dez anos, em nosso município.
Essa prática evidencia a velha política eleitoreira que provoca a formação do "curral eleitoral", ou seja, os contratados ficam sujeitos a votar em quem lhe emprega. É uma espécie de cornelismo moderno.
O último concurso que a prefeitura de nossa cidade tentou fazer, através da secretaria de saúde, foi um desastre total. O concurso visava a contratação de agentes de saúde, e foi acusado de não ter transparência e muitos candidatos se sentiram lesados.
A única diferença das contratações em José da Penha e em Marcelino Vieira é que lá a justiça se manifestou.
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