quinta-feira, 19 de abril de 2012

O VERDADEIRO VOTO CONSCIENTE:

OS CAMINHOS QUE LEVAM A VERDADEIRA CONSTRUÇÃO DE CIDADANIA.

Um dia sentado à praça vi um senhor procurando algo que havia perdido na rua com uma grande preocupação, parecia que havia perdido algo que pudesse mudar sua vida e que sem ele estaria de mãos atadas, sem motivo para seguir, para contribuir. Eu vendo aquela inquietação, levantei-me e fui a sua direção, e quando eu ia chegando mais perto ele dissera que havia perdido um documento e que estava com dificuldades de encontrá-lo, pois “estou cego, minha vista já não vale mais nada...” curioso, perguntei o que procurava com tanto afinco, que o fizera suar de tanta preocupação, ele meio que envergonhado disse “sei que é um documento que não vale nada, só serve para encher a carteira e só tem valor em quatro a quatro anos..”  um pensamento que todos têm, uma atitude guardada no “fundo da carteira” e que o seu poder poderia ser usado para escolher o futuro não só dele, mas de todos os cidadãos. Quem dera que todos tivessem a mesma preocupação de usá-lo com a finalidade que ele representa para a sociedade, afinal ele não representa a senha para assistir a uma partida de futebol de clássicos às noites de quarta-feira, ou às tardes de domingo, narrado por Galvão Bueno, apesar de na prática a política nada mais é do que um jogo com estratégias, armações, combinações, artimanhas, como qualquer bom jogo, o jogo do poder. Porém, sou convicto de que este documento é mesmo uma senha, sim, uma senha para mudar vidas, não a minha, claro, mas do meu gestor público. Eu tenho em minhas mãos o poder de oferecer para ele, casarões, apartamentos luxuosos na capital, fazendas e mais fazendas, desfilar pelas ruas da cidade em automóveis caríssimos, isto é, bens que, humildemente falando, são mamados “das tetas da prefeitura.” Mas isso não vem ao caso, por que consciência não foi feitas para muitos, e tenho certeza meu caro leitor, que muitos não passarão da 10° linha deste texto, pois este assunto pode não despertar interesse, o que em muitos são os oportunismos, e estes eu não tenho condição (R$) de oferece.
Enfim, aquele senhor encontrou o que procurava, encontrou o seu título de eleitor, disse a ele que entendia a sua preocupação, realmente sem este importante documento o cidadão não saberia como caminhar, não teria como contribuir. Ele olhando para mim, com o rosto já suado do sol, com a voz trêmula de angústia e respondeu: “este documento me garante mais quatro anos trabalhando na prefeitura municipal...”. Foi neste momento que me dei conta de que ele não era cego apenas da visão, já tinha perdido o seu senso crítico, digno de um bom cidadão.




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