quarta-feira, 18 de abril de 2012

A difícil tarefa de ser oposição no patriciado Vieirense

          
            A oposição tem um papel importantíssimo em qualquer sistema de governo que preze pela democracia. É dela a responsabilidade de fiscalizar quem está no poder, mantendo assim, um equilíbrio político.
           Em Marcelino Vieira é remetida à oposição a responsabilidade de resolver alguns problemas que o poder público se mostra incapaz de solucionar. É comum, por exemplo, ouvir em algumas esquinas da cidade, frases do tipo: “fulano [da oposição] passou quatro anos e não fez nada pela cidade”, ou então, “procurei sicrano e ele não me ajudou”.
            Há uma inversão de responsabilidades, que passa despercebida pela maioria da população. Muitas vezes, coloca-se um fardo muito pesado nas costas da oposição. Ela não tem o poder constituído, nem obrigação jurídica para resolver os problemas de nossa cidade; quem tem é o poder público municipal. Essa confusão precisa deixar de ser feita em nosso município.
           Além disso, os políticos da situação utilizam, com efetividade, a máquina administrativa em benefício próprio. A onda do empreguismo e assistencialismo é muito grande. Em doze anos, apenas um concurso público foi realizado em Marcelino Vieira, permanecendo no município uma grande quantidade de empregos “arranjados”. Sem falar no assistencialismo, a famosa troca de favores que é tão frequente na nossa cidade.
            Tudo isso torna instável o ambiente político em Marcelino Vieira, o que ajuda a explicar, em parte, a vocação que nossa cidade tem para a “voz única” e punição ao contraditório. Nesse sentido, a oposição é constantemente asfixiada.
            Não ter perdido a capacidade de se indignar com tamanhos desmandos provocados em nossa cidade, é o combustível que tem mantido acesa a chama da oposição em Marcelino Vieira.


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