A
oposição tem um papel importantíssimo em qualquer sistema de
governo que preze pela democracia. É dela a responsabilidade de
fiscalizar quem está no poder, mantendo assim, um equilíbrio político.
Em
Marcelino Vieira é remetida à oposição a responsabilidade de
resolver alguns problemas que o poder público se mostra incapaz de
solucionar. É comum, por exemplo, ouvir em algumas esquinas da
cidade, frases do tipo: “fulano [da oposição] passou quatro anos
e não fez nada pela cidade”, ou então, “procurei sicrano e ele
não me ajudou”.
Há uma
inversão de responsabilidades, que passa despercebida pela maioria
da população. Muitas vezes, coloca-se um fardo muito pesado nas
costas da oposição. Ela não tem o poder constituído, nem obrigação
jurídica para resolver os problemas de nossa cidade; quem tem é o
poder público municipal. Essa confusão precisa deixar de ser feita
em nosso município.
Além
disso, os políticos da situação utilizam, com efetividade, a máquina
administrativa em benefício próprio. A onda do empreguismo e
assistencialismo é muito grande. Em doze anos, apenas um concurso
público foi realizado em Marcelino Vieira, permanecendo no município
uma grande quantidade de empregos “arranjados”. Sem falar no
assistencialismo, a famosa troca de favores que é tão frequente na
nossa cidade.
Tudo isso torna instável o
ambiente político em Marcelino Vieira, o que ajuda a
explicar, em parte, a vocação que nossa cidade tem para a “voz
única” e punição ao contraditório. Nesse sentido, a oposição é
constantemente asfixiada.
Não ter perdido a capacidade de se
indignar com tamanhos desmandos provocados em nossa cidade, é o
combustível que tem mantido acesa a chama da oposição em Marcelino
Vieira.
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