foto: blog vitoriafm
Todos sabem que o ex-prefeito Iramar de Oliveira havia firmado com o atual prefeito Ferrari, uma espécie de acordo político, onde a moeda de troca seria as rédias do governo do nosso município.
Esse acordo começou ainda na primeira eleição que Iramar e Ferrari disputaram. Nessa época, Iramar tinha a difícil missão de vencer uma disputa eleitoral, sem a “ajuda” da “máquina” administrativa, e enfrentava na oportunidade o médico Geraldinho Holanda, que contava com o apoio do então prefeito, Josemar Augusto. Naquele momento Iramar buscava agregar apoios e o nome do médico Ferrari apareceu como alternativa para compor a chapa majoritária. Havia poucos recursos, e Iramar partiu para a lógica de atrair apoio, independente de qualquer afinidade ideológica.
O apoio de Ferrari veio imediatamente, porém não foi “de graça”. Foi aí que provavelmente surgiu o tão badalado acordo. Ferrari apoiaria Iramar como vice em sua chapa, porém seria o candidato “natural” quando Iramar não pudesse mais se reeleger.
Passados quase doze anos, quando tudo indicava que o acordo seria cumprido, eis que surge o rompimento. A candidatura “natural” de Ferrari passou a ser questionada por Iramar. O ex-prefeito, de repente passou a reivindicar o direito de ser candidato, com a alegação de que estaria “atendendo a um chamamento popular”, quase uma predestinação.
O que dá pra entender nisso tudo, é que quando o poder podia ser divido havia a cumplicidade, agora que não pode mais, Ferrari não serve mais para Iramar e vice-versa. Iramar passou a fazer duras críticas ao governo Ferrari, enquanto este se rebelou e diz não abrir mão da sua candidatura, alegando o não cumprimento do acordo.
Enfim, o que havia entre Iramar e Ferrari, era uma busca desenfreada pelo poder, uma sincera hipocrisia, e nada mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário