E a estátua hein?

Foto da maquete da estátua

            Em Marcelino Vieira se avizinha mais uma festa do padroeiro Santo Antonio e com ela a expectativa de um grande evento, mantendo e reforçando a tradição religiosa de nossa cidade. 

             O expoente maior da festa é a expressão da fé pela devoção dos católicos vieirenses ao seu padroeiro. Santo Antonio tem um importância significativa para a formação identitária do nosso município, na medida em que consegue alcaçar um significado histórico para cidade, dentro do processo que envolve as relações dos indivíduos com sua religião. Não é atoa que Marcelino Vieira também é conhecida como a terra de Santo Antonio. 

             Só isso já seria suficiente para que nossos gestores mantivessem um mínimo de respeito à preservação religiosidade local. Porém, não é isso que se vê. A [não] construção do complexo religioso de Santo Antonio, por exemplo, virou motivo de piada tamanha irresponsabilidade do poder público local com a obra.

              Quando se iniciou a construção do complexo, se fez um estardalhaço, se propagou nos “quatro cantos” do estado que Marcelino Vieira teria a maior estátua religiosa do Brasil, quiçá, do mundo. Nesse período, muitos vieirenses se encheram de orgulho, outros de desconfiança.

              Lá se vão mais de dez anos. E o que temos? Apenas uma parte do complexo, que já mostra sinais claros de deterioração.

               O mais lamentável de tudo isso não é ver o complexo religioso inacabado, é saber que ele corre um imenso risco de nunca ser concluído, de simplesmente se transformar em um “elefante branco” - se é que já não se transformou – e os responsáveis jamais serem punidos. O próprio prefeito Ferrari, em entrevista ao Blog Círculo de Fogo, já admitiu a possibilidade de não construir a estátua jogando a responsabilidade para Iramar, ao afirmar que "isto [o complexo religioso] não é um projeto meu né? É um projeto do ex-prefeito (Iramar) que deixou aí e os recursos que deixou, são insuficientes para fazer".

             A nossa cidade teve significativas perdas durante esse tempo que o complexo religioso não ficou pronto. O prejuízo, que é enorme, vai desde a visibilidade da cidade em nível nacional a geração de emprego e renda aos moradores, basta ver o exemplo da cidade de Santa Cruz.