Excelência,
Sua Benção!
Por, Levino Lacerda de Lima
Como leigo Católico residente na circunscrição eclesiástica da Diocese de Santa Luzia venho respeitosamente tecer alguns comentários que reputo importantes acerca do pronunciamento de Vossa Excelência,na capela de N.Senhora Aparecida.
Na referida fala Vossa Excelência parece reagir aos pronunciamentos de Bispos e Padres, secretarias e institutos religiosos que ultimamente têm conclamado os fiéis católicos a não contribuírem com o voto à candidatura de candidatos que nada fazem em prol da população.
Diante de tudo isso, sinto-me no dever moral de lançar algumas ponderações atinentes ao assunto, o que faço primeiramente a Vossa Excelência.
O dever de todo católico de colaborar – conforme suas condições e estado de vida – ao Bem Comum na Polis é algo deveras relevante, e em vista de que “a Graça não destrói, mas aperfeiçoa a natureza, esse mesmo católico encontra na Sã Doutrina e na disciplina da Igreja uma apurada e renovada força para cumprir com seus deveres de cidadania, bem como fazer valer seus direitos.
Assim é que, os problemas de ordem natural em crivo político e econômico, enquanto estão sob aspectos técnicos, carregam consigo uma maior liberdade decisória quanto a maneira de resolvê-los.
Entretanto, a face política dos problemas de ordem natural pode ter, e regularmente têm, um outro aspecto além do meramente técnico, trata-se do sobressalente aspecto moral, sobre o qual deve a Igreja instruir os fiéis.
É ainda mais clara a Instrução Libertatis conscientia (título bem a calhar ao assunto em pauta), que sob o reinado do Papa João Paulo II e retomando as grandes chaves de leitura da Doutrina Social da Igreja, asseverou:
“Nesta missão, a Igreja ensina o caminho que o homem deve seguir neste mundo para entrar no Reino de Deus. Por isso, sua Doutrina abarca toda ordem moral e, particularmente, a justiça, que deve regular as relações humanas. [...] Quando propõe sua doutrina acerca da promoção da justiça na sociedade humana ou exorta os leigos ao engajamento, segundo sua vocação, a Igreja não excede seus limites [...] Na mesma linha, a Igreja é fiel à sua missão, quando denuncia os desvios, as servidões e as opressões de que os homens são vítimas; quando se opõe às tentativas de instaurar, seja por oposição consciente, seja por negligência culposa, uma vida social da qual Deus esteja ausente, enfim, quando exerce seu julgamento a respeito de movimentos políticos que pretendem lutar contra a miséria e a opressão, mas são contaminados por teorias e métodos de ação contrários ao Evangelho e ao próprio ser humano.” (Idem, p. 1122)
Pois quem colabora com o pecado, mesmo por omissão, é réu da mesma culpa e prestará contas a Deus,
Ocorre que a liberdade de consciência que Vossa Excelência evoca não se parece nesse ínterim com a sã liberdade católica, pois verdadeira liberdade não é aquela que se satisfaz em ser livre, mas sim aquela que se vale do ser livre para abraçar e prover a Verdade e o Bem.
A liberdade é um bem, mas é um bem “meio”, e não um bem “fim” em si mesmo, ela deve estar a serviço da Verdade e do fim último do ser humano, Este sim Bem Absoluto, Deus mesmo.
Do contrário a liberdade se torna auto destrutiva e destruidora de seu fundamento terreno participado, o ser humano.
Desta forma a liberdade não tem a prerrogativa de tudo legitimar, nem foros absolutos.
Por isso mesmo é que devemos reafirmar ao católico de não votar nesses partidos é decorrência lógica da posição católica contra os falsos gestores, é dever por coerência cristã… não uma obrigação imposta por armas e avessa ao exercício da liberdade de consciência, mas se trata exatamente de fomentar o uso consciencioso da liberdade de maneira autenticamente cristã.
Por tudo isso é que o católico não deve Defender posição em sentido contrário e votar em candidatos que não querem trabalhar para o bem comum da população.
O que levou a diocese de Mossoro punir com o isolamento o padre Claudênis, responsável por celebrar missas e que no sermão buscava conscientizar a população de que o voto errado trás graves conseqüências.
Faz quase dois meses, porém, que o padre Claudênis, que administrou a paróquia de Santo Antonio e a Sagrada Família por varios anos. Até ter restringido o seu contato com os fiéis por imposição da diocese de Santa Luzia.E até o momento a diocese se mantém calada a respeito do fato sem contar que ouviu só um lado da história. Desde então, católicos e a diocese de Santa Luzia estão em rota de colisão.
“Digo a Vossa Excelência trata-se de um caso de nítida perseguição politica a esse sacerdote, um líder nato que ,orientava a populaçao a trilhar o caminho certo, mas causou inveja e ciúme”,
Ad Maiorem Dei Gloriam.
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