sexta-feira, 16 de novembro de 2012

José Saramago: 90 anos de um grande comunista

Único escritor da língua portuguesa a receber um Nobel de Literatura, o português José Saramago completaria 90 anos nesta sexta (16).
Filho de agricultores, José de Sousa Saramago nasceu na vila de Azinhaga, interior de Portugal. Seu primeiro romance, "Terra do Pecado" (1947), foi publicado quando o autor tinha 25 anos. O segundo, "Manual de Pintura e Caligrafia" (1977), só surgiria três décadas mais tarde.
Desenvolvedor de um estilo de escrita peculiar, Saramago ficou conhecido por utilizar frases e períodos compridos, com as falas das personagens inseridas nos parágrafos que as antecedem e subvertendo as regras de pontuação - muitas de suas frases ocupam mais de uma página.
Ateu, Saramago trata em seus trabalhos dos temas mais diversos - a separação geográfica da Península Ibérica do continente europeu aparece em "A Jangada de Pedra" (1986), e o Cristo se revolta contra o destino de "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" (1991).
Além de grande escritor, o português José Saramago, também sempre assumiu que era um comunista convicto. Mas também sempre procurou deixar claro sua opção pela democracia em detrimento dos governos totalitários. Independente de apreciarmos ou não suas posições ideológicas, Saramago foi um homem de ideias que tomou partido nas principais questões de seu tempo.


Abaixo algumas de suas mais conhecidas frases:

“O Universo não tem notícia da nossa existência”
“A minha posição é a de constante interrogação”
“A doença mortal do homem, como homem, é o egoísmo”
“Quando um político mente, destrói a base da democracia”
“Há duas palavras que não se podem usar: uma é sempre, outra é nunca”
“Ao lado das minhas personagens femininas, as masculinas são insignificantes”
“Somos todos escritores, só que alguns escrevem e outros não” 

com informações: http://ultimosegundo.ig.com.br

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