Vice-prefeita de Marcelino Vieira na marca do escanteio

          Depois de muita discussão e algumas reviravoltas na política vieirense, o grupo governista parecia ter conseguido uma forma de “acomodar” seus líderes políticos, não fosse por um detalhe: a condição da candidatura da vice-prefeita, Arli Paiva, a reeleição na chapa encabeçada pelo prefeito Ferrari.

           Não é segredo para ninguém que João Maia, deputado federal e presidente estadual do PR, costurou um acordo político entre Ferrari e Iramar. Ficou acertado que o prefeito seria candidato a reeleição e Iramar, por sua vez, indicaria o (a) candidato (a) a vice, que provavelmente será a sua esposa.

           Resolveu-se um “problema”, criando-se outro, só que de menor proporção. A vice-prefeita Arli foi sumariamente ignorada, colocada literalmente na marca do escanteio, como se diz na gíria do futebol. Só falta a cobrança do “tiro de canto”, que acontecerá nesse mês de junho, nas convenções do PR.

           E qual a reação da vice-prefeita diante dessa perfídia? Até agora, nenhuma, parece que aceitou de bom grado. O discurso de que “faz tudo pelo partido”, não é justificável, sendo assim, por que Iramar – pelo partido – , não abdicou da indicação do(a) vice e deixou tudo como estava?

        Provavelmente haverá alguma forma de “acomodar” a atual vice-prefeita, seja como candidata a vereadora ou na administração municipal. E aí alguns questionamentos são levantados, para onde vai Arli e qual a real força de Ferrari nesse grupo?

           Todas essas conveniências, expõem as vísceras de uma forma egocêntrica de se fazer política, baseada no toma-lá-dá-cá, que não leva em consideração projetos de governo para a cidade, muito menos ideologias. O deputado João Maia ao intermediar o acordo tinha o único objetivo de ter o apoio de Iramar e Ferrari, daqui a dois anos no seu projeto de reeleição. Marcelino Vieira sempre foi tratada de forma secundária, uma mera coadjuvante diante de acordos pessoais.