A velha mídia brasileira se especializou em retratar o Brasil da pior
maneira possível. Essa visão de que somos piores em tudo se estende à
sociedade que parece se deleitar em falar mal do país.
O professor e sociólogo Alberto Carlos Almeida examina a questão de
forma lúcida e claro na revista ÉPOCA desta semana. Confiram:
Grande parte da mídia brasileira se especializou em falar mal do
Brasil. Graças a isso, a percepção que a sociedade tem de si mesma, em
diversos aspectos, é inteiramente equivocada.
Vende-se algo que não existe: a visão de que somos piores em quase
tudo, quando comparados com a maioria dos países desenvolvidos. Nem
mesmo as boas notícias são recebidas de maneira positiva. Por exemplo, a
recente informação de que ultrapassamos o Reino Unido quanto ao PIB foi
divulgada cheia de ressalvas, afirmando-se que o PIB per capita é um
indicador mais relevante e coisas do gênero.
A covardia com o Brasil atinge o ápice quando se tenta comparar nosso
sistema político com o dos outros países. Afirma-se que o
presidencialismo é pior do que o parlamentarismo, mas não dizem que os
países parlamentaristas têm gastos públicos sistematicamente maiores do
que os presidencialistas e que é justamente por isso que a Europa se
encontra mergulhada na pior crise econômica de sua história recente.
Diz-se que o sistema eleitoral distrital é melhor do que o
proporcional com lista aberta, mas não dizem que um dos países que
melhor escapou da crise mundial é a Suécia, que adota o mesmo sistema
eleitoral que o nosso tão criticado Brasil.
Como sempre, a lista de críticas ao Brasil é muito longa. É difícil
imaginar como um país tão ruim, com tantas coisas negativas, possa ter
chegado aonde chegou. Opa, para os críticos ele não chegou a lugar
algum, continua lá atrás, sendo um dos países mais problemáticos do
mundo.
fonte: http://www.ailtonmedeiros.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário